Sob a Ponte de Alexandre III após o anoitecer, descendo degraus encharcados pela chuva, com o Sena passando ao lado, atravesssndo uma porta subterrânea em um degradado clube noturno parisiense com assoalhos de madeira crua, mesas de café, espelhos fracos e um balcão transbordando de bebidas consumidas. Nesse cenário, entre mesas de madeira sob a luz amarelada e misteriosa, John Galliano criou um mundo de personagens e alta costura que proporcionou uma experiência mais impressionante, chocantemente 100% Galliano, do que a moda desfrutou por anos.

Teatro, emoção, rebeldia e fantasias romântico-históricas têm alimentado a criatividade de Galliano. Desta vez, de acordo com as notas da casa, começou com retratos de Brassai das décadas de 1920 e 1930 da vida noturna obscura dos clubes e ruas de Paris.

Suas transições para cortes extremamente ousados, corsetaria ultra-extrema, quadris acolchoados, vestidos de renda eroticamente transparentes e cabelos selvagemente imaginativos, maquiagem com máscaras de chiffon e modificações corporais de aspecto estranho levaram um ano. Um ano para trabalhar em uma produção que misturava de forma perfeita o filme – que era projetado nos espelhos – no cenário, mostrando amantes, dançarinos e gângsteres rondando as margens do Sena. Para fazer parecer que esses habitantes exibidos, fugitivos de brigas ou semirresvestidos de encontros sexuais, segurando seus casacos desbotados pela lua ou cardigãs desgastados ao redor deles, estavam realmente se reunindo à beira do rio e entrando no clube diante dos olhos da plateia.

Haverá escândalo em torno dessas aparições. Através de alguns dos vestidos de ampulheta lindamente delicados de Galliano, era possível ver pelos de púbis através de tule e renda (eram perucas em roupas íntimas, mas certamente destinadas a causar alvoroço). Algumas de suas técnicas indescritíveis pareciam quase como pinturas ambulantes, nus em aquarela esverdeada-rosada com toques borrados para os olhos.

No que diz respeito à moda, todas as imagens e impressões deste desfile serão gravadas na mente por muitas razões. Em primeiro lugar, porque Galliano fez uma declaração tão enfática sobre o valor da criatividade extrema em um momento em que, ao redor, a audácia na moda está em baixa. E, em segundo lugar: porque desta vez, ele falou com a autenticidade de sua própria voz, a voz que conhecemos há tanto tempo – mas de maneira mais poderosa e habilidosa do que nunca. Há muitas lições nisso que podem ressoar por toda a indústria.

Fonte: Vogue

Quando Indigo Borboleta Anil foi lançado nos aplicativos de streaming, Liniker o definiu como “um álbum de música do começo ao fim: nas pausas, nos silêncios, nos textos e nas trocas”. Elementos estes que transbordarão ao serem executados por um toca-discos. A versão deluxe do vinil vem com uma capa nova, além de listar uma faixa que não entrou na prensagem anterior: “Mel”. O encarte trará ainda imagens exclusivas da artista. “Assim encerro um ciclo em grande estilo e com minha essência renovada depois de ter sido curada por este trabalho”, finaliza Liniker. 

Ficha técnica LP Deluxe Indigo Borboleta Anil:

1. CLAU (LINIKER) 
VOZ e COROS: Liniker 
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado
RHODES, SYNTH e FARFISA: Fábio Leandro 
VIOLÃO: Júlio Fejuca 
GUITARRA: Gustavo Ruiz
HARPA: Jennifer Campbell 
ARRANJO DE CORDAS e REGÊNCIA: Ruriá Duprat
CORDAS: Orquestra Jazz Sinfônica* 
LATIDOS: Claudete Barros

2. ANTES DE TUDO (LINIKER) 
VOZ e COROS: Liniker
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado
RHODES: Fábio Leandro 
GUITARRA: Júlio Fejuca 
ARRANJO DE SOPROS, PERCUSSÃO e REGÊNCIA: Letieres Leite
SOPROS e PERCUSSÃO: Orkestra Rumpilezz**

3. LILI (LINIKER) 
VOZ e COROS: Liniker
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado
RHODES, SYNTH e FARFISA: Fábio Leandro 
VIOLÃO e GUITARRA: Júlio Fejuca 
HARPA: Jennifer Campbell 
ARRANJO DE CORDAS e REGÊNCIA: Ruriá Duprat
CORDAS: Orquestra Jazz Sinfônica*

4.PSIU (LINIKER) 
VOZ, COROS, WURLITZER, PANDEIROLA e KALIMBA: Liniker
BAIXO e PROGRAMAÇÕES: Gustavo Ruiz 
BATERIA: Sérgio Machado 
SYNTH: Zé Nigro 
VIOLÃO e PROGRAMAÇÕES: Júlio Fejuca 

5. LUA DE FÉ (LINIKER)  
VOZ e COROS: Liniker
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado
RHODES e SYNTH: Fábio Leandro 
VIOLÃO e GUITARRA: Júlio Fejuca 
SOPROS: Will Bone (Saxofones Alto, Tenor, Barítono, Flauta, Trompete E Trombone)
HARPA: Jennifer Campbell 
ARRANJO DE CORDAS e REGÊNCIA: Ruriá Duprat
CORDAS: Orquestra Jazz Sinfônica*

6. LALANGE (LINIKER) 
TEXTO PRÓLOGO, VOZ e COROS: Liniker 
VOZ e COROS: Milton Nascimento
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Curumin 
PERCUSSÃO: Maurício Badé (Bolachão, Congas, Atabaque, Shaker, Campana, Ferros, Caxixi, Unhas E Chaves) 
RHODES: Fábio Leandro 
VIOLÃO: Júlio Fejuca 
GUITARRA: Gustavo Ruiz
ARRANJO DE CORDAS e REGÊNCIA: Ruriá Duprat
CORDAS: Orquestra Jazz Sinfônica*

7. BABY 95 (LINIKER, MAHMUNDI, TÁSSIA REIS e TULIPA RUIZ) 
VOZ e COROS: Liniker
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado 
RHODES: Fábio Leandro 
VIOLÃO, BANJO e CAVACO: Júlio Fejuca 
GUITARRA: Gustavo Ruiz
PERCUSSÃO: Dennys Simples (Surdo, Tantan, Pandeiro, Tamborim, Repinique, Ovinho, Afoxé, Pandeirola, Congas, Caxixi, Maracas, Cowbell E Pau De Chuva)
SOPROS: Will Bone (Trobone, Flauta, Flugel Horn, Saxofones Tenor, Soprano E Trompete)

8. PRESENTE (LINIKER)  
VOZ, COROS e PALMAS: Liniker 
BAIXO SYNTH: Zé Nigro 
BATERIA e MPC: Curumin
PERCUSSÃO: Maurício Badé (Bolachão, Congas, Atabaque, Shaker E Palmas)
VIOLÃO, GUITARRA e PALMAS: Júlio Fejuca 
GUITARRA e PALMAS: Gustavo Ruiz
RHODES: Fábio Leandro 

9. DIZ QUANTO CUSTA (LINIKER, TÁSSIA REIS, MAHMUNDI e VITOR HUGO) 
VOZ e COROS: Liniker
VOZ e COROS: Tássia Reis
CORO: Tulipa Ruiz
COMENTÁRIOS: Angela Maria De Barros
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado 
RHODES e CLAVINET: Fábio Leandro 
VIOLÃO, GUITARRA e PROGRAMAÇÕES: Júlio Fejuca 
GUITARRA: Gustavo Ruiz
SAMPLES: Dj Niack
PERCUSSÃO: Dennys Simples (Pandeiro, Reco De Mola, Congas E Agogo) 
SOPROS: Will Bone (Saxofones Tenor E Barítono, Trombone, Flauta E Trompete)

10. VITORIOSA (LINIKER) 
VOZ e COROS: Liniker
BAIXO: Ana Karina Sebastião 
BATERIA: Sérgio Machado 
RHODES: Fábio Leandro 
VIOLÃO 6 E 7, CAVACO, CAVACO BANDOLA E CAVACO BANJO: Júlio Fejuca 
PERCUSSÃO: Dennys Simples (Congas, Cuica, Agogo, Caxixi, Ovinho, Tamborim, Repique De Anel, Repinique, Tantan, Pandeiro, Tamborica, Chocalho, Caixa, Surdo E Apito)
SOPROS: Will Bone (Saxofones Soprano E Tenor, Clarinete, Flauta, Trombone, Trompete, Flugel Horn E Tuba)
ARRANJO DE CORDAS e REGÊNCIA: Ruriá Duprat
CORDAS: Orquestra Jazz Sinfônica*

11. MEL (LINIKER) 
VOZ, CORO e VIOLÃO: Liniker 
COMENTÁRIOS: Gustavo Ruiz E Júlio Fejuca

PRODUZIDO POR LINIKER, JÚLIO FEJUCA E GUSTAVO RUIZ
Gravado por Gustavo Ruiz no estúdio Brocal (SP) e por Zé Nigro no estúdio Navegantes (SP) 
Sopros gravados por Will Bone no estúdio Pingado Áudio (SP)
Orquestra Jazz Sinfônica gravada por Edu Santos no estúdio Na Cena (SP)
Letieres Leite e a Orkestra Rumpilezz gravado no estúdio Casa Das Máquinas (SSA)
Milton Nascimento gravado por Aurélio Kalffmann em Juiz de Fora (MG)

Edição digital: Karen Ávila
Mixado por João Milliet nos estúdios Cada Instante (SP)
PSIU mixada por Rodrigo Sanches no estúdio Rootsans (SP)
Masterizado por Felipe Tichauer no estúdio Red Traxx Mastering (MIA)

Videomaker: Feliz Trovoada
Social Media: May Lacerda
Marketing Digital: Bmaisca
Assessoria de Imprensa: Carol Pascoal | Trovoa Comunicação
Assistência Jurídica: Alexandre Arroyo | Arroyo Advogados
Assistência de Produção: Lus Conti
Direção de Produção: Dani Façanha | Fala Preta Produções
Produção Executiva e Management: Caru Zilber | Libertà Arte

Distribuição digital: Altafonte

Fotografia: Caroline Lima • Assistente de Fotografia: Adrian Ikematsu • Light Designer: Edson Luciano • Coordenação de prod. de foto: Felipe Olalquiaga • Direção de Arte: karen Ka • Produção de Arte: Vandeca Zimmermann • Make: Mika Safro • Artista Capilar: Diva Green • Stylist: Victor Miranda • Assistente de Stylist: Carol Passos • Camareira: Nádia Martins • Transporte: Dênis Lacerda e Adelvan Vieira • Catering: Ivone Santos

*ORQUESTRA JAZZ SINFÔNICA: Direção / maestro – Ruriá Duprat • Tiago Costa – 2º maestro • Daniel Moreira, Flavio Geraldini, Gerson Nonato de Souza, Graziela Fortunato Rodrigues, Kleberson Buzo, Thais Morais, Uwe Kleber – 1º violino • Adam Totam, Alex Ximenes, Cintia Zanco, Ebenézer Florêncio, Gabriel Gorun, Maria Silvia Velludo, Tiago Paganini – 2º violino • Davi Rissi Caverni, Natalia Visoná, Newton Carneiro, Rafael Martinez, Renato Kutner – Viola • Adriana Salles Lombardi, Gustavo Pinto Lessa, Marisa Silveira, Sérgio Schreiber, Thiago Cabral – cello

**ORKESTRA RUMPILEZZ:solo de trompete com surdina: Joatan Nascimento • sax alto: André Becker • sax tenor: Éric Almeida • trompete: Rudney Machado • trompete: João Teoria • sax barítono: Vinicius Freitas • trombones: Gilmar Chaves • percussão: Tiago Nunes (atabaques, timbaus, agogô, shaker, caxixi e surdo)

AGRADECIMENTOS: Augusto Nascimento e Aurélio Kauffmann (produção Milton Nascimento), Emílio Souza (produção Orkestra Rumpilezz), André Padua (produção Jazz Sinfônica), Lus Conti, Anderson Carlos, Boogie Naipe, Tassi Rosa
APOIO: Nabuco Exames

Créditos Vinil Deluxe:
Fotógrafa: Caroline Lima
Direção criativa: Liniker, Poliana Feulo
Direção de Arte: Poliana Feulo 
Assistente de Direção de Arte: Reisiane Amorim, Giullia Feulo
Produção de Arte: Matheus Carvalho, Kaio Monteiro
Ajudante de Arte: Murilo Borges, Elton Araújo
Pintor de Arte: Marcelo Filardo e Regiane Silva
Produção de Objetos: Patrícia Di Giorgio
Assistente de Produção de Objetos: Julia Parsequian
Ajudante de Objetos: Carlos Alberto Raimundo, Anthony Di Giorgio
Motorista de Objetos: Aderval Mariano
Motorista Liniker: Wesley Salles
Making of e conteúdo: Luana Roberta
Coordenadora de conteúdo: Mayara Lacerda
Make/Hair: Mika Safro
Styling: Liniker
Produção de campo: Lucas Ferrazza e Regiane Silva
Produção Executiva: Breu
Light designer: Naelson de Castro
Digitech: Adrian Ikematsu
Equipamentos: Thinkers

Um espaço de nostalgia capaz de reativar lembranças de bons momentos, mas também de criar novas memórias. Este é um dos propósitos da I Wanna Be Tour. Idealizada pela 30e, a turnê itinerante tem um formato inédito no Brasil, levando nomes do pop punk e do emo para cidades além do eixo Rio-São Paulo. Essa experiência fica ainda mais especial com a chegada da Vans – marca original dos esportes de ação e ícone global de expressão criativa – como patrocinadora de todas as datas do evento. A tour tem seguinte rota: São Paulo (2 de março, no Allianz Parque – ingressos esgotados); Curitiba (3 de março, no Estádio do Couto Pereira); Recife (6 de março, na Área Externa do Centro de Convenções Pernambuco); Rio de Janeiro (9 de março, no Engenhão – Estádio Nilton Santos); e Belo Horizonte (10 de março, na Arena da Independência). A venda de ingressos está disponível na Eventim.

A primeira edição da I Wanna Be Tour abraça uma geração e uma cena que foram muito importantes para a construção do pop punk dos anos 2000 e tem entre os nomes confirmados: Simple Plan, A Day To Remember, The All-American Rejects, All Time Low, The Used, Asking Alexandria, NX Zero, Pitty, Boys Like Girls, Mayday Parade, Plain White T’s e Fresno.

Durante anos, a Vans deu suporte à Warped Tour, turnê itinerante que teve edições anuais nos Estados Unidos de 1995 a 2019 – e foi responsável por construir a cena cultural da década, possibilitando que milhares de pessoas se conectassem com suas verdadeiras essências, bandas favoritas e se expressassem de maneira autêntica. Então a dobradinha da Vans com a I Wanna Be Tour se dá de forma nostálgica e potente.

“As parcerias com as marcas são responsáveis por dar brilho aos eventos e ainda por cima amplificam as possibilidades de experiência do público dentro das venues. Desse modo, a colaboração da Vans com a I Wanna Be Tour não poderia ser mais certeira. A Vans desperta sentimentos nostálgicos ligados ao conceito de turnê itinerante e das atrações do line-up, além de ter uma conexão muito forte com esse público”, afirma Guss Luveira, Vice-presidente de Marketing da 30e.

“A sinergia entre Vans e IWBT é tão natural e orgânica quanto Vans e Warped Tour. Sabemos da importância de aprofundarmos nossa relação com o público apaixonado que foi influenciado, viveu e ajudou a construir esse movimento cultural proporcionado pelo lendário festival. Estaremos presentes nas etapas através dos nossos pilares de marca, reforçando o nosso propósito de possibilitar a expressão criativa e incentivo à música através com ativações que deixarão a Vans e o IWBT na memória.”, afirma Pietro Giovanelli, diretor da Vans Brasil.

A receptividade da I Wanna Be Tour foi tanta que os 40 mil ingressos para a passagem da turnê pelo Allianz Parque, em São Paulo, no dia 2 de março, esgotaram rapidamente. E vale lembrar que ainda há um side show da IWBT em São Paulo. No dia 1 de março, na Vibra São Paulo, as bandas Simple Plan e NX Zero sobem ao palco como pontapé inicial dessa jornada. Todos os ingressos estão disponíveis na Eventim (acesse aqui). 

Leia mais sobre as atrações aqui

Side show I Wanna Be Tour
Atrações: Simple Plan e NX Zero
1 de Março – São Paulo – Vibra São Paulo

Ingressos:

Link de vendas: https://www.eventim.com.br/iwannabetour

Classificação: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.

I Wanna Be Tour 2023
Atrações: Simple Plan, A Day To Remember, The All-American Rejects, All Time Low, The Used, Asking Alexandria, NX Zero, Pitty, Boys Like Girls, Mayday Parade, Plain White T’s e Fresno

Datas e locais:

2 de Março – São Paulo – Allianz Parque – ESGOTADO
3 de Março – Curitiba – Estádio do Couto Pereira 
6 de Março – Recife – Area Externa do Centro de Convenções Pernambuco 
9 de Março – Rio de Janeiro – Engenhão – Estádio Nilton Santos
10 de Março – Belo Horizonte – Arena da Independência 

Ingressos:

Link de vendas: https://www.eventim.com.br/iwannabetour

Classificação: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Nos meses de fevereiro e março, o Museu de Arte Moderna de São Paulo oferece sete cursos ministrados por profissionais das áreas de história e crítica da arte, legislação, fotografia, urbanismo e artes visuais. Indicados para um público amplo, os cursos têm inscrições abertas no site do MAM (mam.org.br/curso/). Participantes do programa Amigo MAM têm 20% de desconto; estudantes, professores e aposentados têm 10%.

Apresentado em modelo híbrido pela professora Olívia Bonan, o curso Direito para o setor cultural oferece noções aprofundadas sobre temas jurídicos fundamentais ao setor cultural, tais como direitos autorais e direitos de personalidade. Durante os encontros, os participantes aprenderão por meio de casos cotidianos, decisões judiciais, oficinas práticas e dicas de leitura. O objetivo é habilitar os profissionais e demais interessados a lidar com questões jurídicas complexas relacionadas à cultura e arte.

Oficina de Fotoperformance, curso presencial com os educadores Ivan Padovani Marcelo Amorim, explora propostas que abordam as intersecções entre fotografia, performance e arquitetura. Dividido em cinco encontros, o programa é permeado pelo compartilhamento de referências e textos, com o objetivo central de orientar a produção de um novo trabalho por cada participante. A oficina se destina a qualquer pessoa envolvida nas áreas de artes visuais e artes do corpo.

Na Oficina presencial de cerâmica: técnicas fundamentais, a professora Juliana Miyasaka convida aqueles que desejam explorar a cerâmica, independentemente da experiência anterior. Em sete aulas práticas, os alunos aprenderão os conceitos básicos e as técnicas fundamentais da modelagem manual em cerâmica para criar peças únicas e ricas em expressão pessoal.

Das opções de cursos 100% online, Arte Moderna e a Moda na Fotografia, do professor Brunno Almeida Maia, mergulha na fotografia de moda para uma compreensão da arte do vestir. Serão apresentados e analisados os diálogos — seus pontos de semelhança e diferença — entre as artes modernistas e contemporâneas e a história e linguagens dos principais fotógrafos de moda.

Em Gestão de Acervos Museológicos, a professora Juliana Monteiro traz como objetivo a introdução dos participantes ao funcionamento do ciclo básico da informação relacionada aos acervos museológicos. Em outras palavras, a proposta é discutir as duas principais áreas de processamento dos acervos museológicos: a documentação e o compartilhamento de dados online, através de catálogos digitais e projetos GLAM Wiki, iniciativas colaborativas entre instituições de memória e a comunidade que contribui para a Wikipédia e projetos relacionados.

Ministrado pela educadora Ana Paula Simioni, o curso Mulheres Artistas no Modernismo propõe uma reflexão sobre a presença e contribuição das artistas mulheres em algumas experiências modernistas internacionais, notadamente na França e no Brasil. Para participar do curso é necessário ter mais de 18 anos, mas não é exigido amplos conhecimentos em história da arte.

Encerra a programação do bimestre o curso  Arte Afro-Brasileira: Estéticas e Poéticas do Sagrado. Ministrado pelo professor Alexandre Bispo, o curso propõe uma exploração profunda da arte afro-brasileira, destacando sua conexão intrínseca com o universo religioso e estético africano. Sem seguir uma ordem cronológica, as aulas abordam temas como memória, corpo, ritos sociais, morte, alimentação e intolerância religiosa.

Confira a programação completa: https://mam.org.br/curso/

Nesta temporada, a Calzedonia, marca italiana referência em legwear, é palco de lançamentos super especiais com ares vintage e estética setentinha. A coleção Festival Season chega com tudo com opções de leggings e meias-calças inspiradas nos anos 70, traduzindo toda a extravagância, pluralidade e cores da época.

Super coloridas, as leggings chegam às lojas da Calzedonia em todo o brasil e no e-commerce da marca em uma paleta de cores original, feita de tons brilhantes, padrões geométricos e estampas marcantes. Entre as novidades, estão as leggings de vinil em tons de rosa, azul e verde para deixar qualquer look poderoso.

Já a seleção de leggings flare aparece em várias estampas com padronagem diamante contrastante, feitas em tecido mais leve, que se adaptam às curvas, seguindo bem o estilo disco da época.

Para quem não abre mão das meias-calças, item-chave no portfólio da Calzedonia, a Festival Season traz modelos com as mais diferentes estampas: animal print, rendas, florais micro e macro, traços, além da estampa especial com efeito tatuagem.

Essa e outras coleções da Calzedonia já estão disponíveis no site e nas lojas da marca, com entrega disponível para todo o Brasil. Nas compras acima de R$ 380 a cliente ainda ganha uma bolsa transversal da marca, disponível em duas cores: rosa e azul para completar a produção.

Panamericana Escola de Arte e Design abriu as matrículas para os cursos de curta duração do segundo semestre. Além de cursos de formação presencial, a Panamericana conta com cursos de formação digital, de curta duração e cursos On Demand, no qual o aluno tem mais flexibilidade em assistir ao conteúdo das aulas gravadas e online.

Alguns dos cursos que começarão em setembro são os variados de Arte (Aquarela para Iniciantes, Desenho Artístico, Designers e Artistas na Era do Metaverso,), nos quais o aluno pode aprender do início ou se aperfeiçoar nas técnicas. O curso Designers e Artistas na Era do Metaverso tem como proposta trazer à luz todo movimento contemporâneo de transformações digitais engajando e motivando o aluno a descobrir novas perspectivas para prosperar nessas novas premissas.

Outra vertente abordada nos cursos de curta duração da Panamericana é a Fotografia. Direcionado para iniciantes e apaixonados pela fotografia, o curso Fotografia como Hobby é um curso dinâmico e rápido para começar neste mundo movido pela imagem. Já o curso Livro de Artista tem como objetivo trazer o conhecimento teórico e prático dos livros de artista. Serão abordados conteúdos e procedimentos pertinentes à criação do trabalho de arte na forma livro.

Referência no segmento da Moda no Brasil, a Panamericana também oferece cursos mais curtos no segmento. História da Moda, Personal Styling, Imagem Pessoal são alguns dos cursos que complementam ou servem como base para as pessoas que querem se especializar no mercado. “Sempre acreditamos que nossos cursos devem trazer confiança e expertise para aqueles que querem já ingressar rapidamente em uma profissão”, explica Alex Lipszyc, diretor-geral da Panamericana. 

Para saber valores, período e matrículas, acesse – https://www.escola-panamericana.com.br/?objetivo=curta-duracao

Panamericana Escola de Arte e Design

Mais de 200 obras da arte popular brasileira, criadas por 20 mestres artesãos, grupos e famílias de vários estados brasileiros, como Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco e Pará, ocuparão o Espaço State, na Vila Leopoldina em São Paulo, a partir do dia 30 de agosto. Produzidas especialmente para a mostra inédita “Arte dos Mestres”, as peças estarão em exibição gratuita ao público, que também poderá conferir documentários exclusivos que contextualizam o aspecto social, cultural e criativo em torno desses artistas.

Iniciativa da Artesol, ONG dedicada à valorização do artesanato brasileiro, o projeto conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale e une forças com a SP-Arte Rotas Brasileiras para realizar a exposição até 3 de setembro. Mais do que destacar as criações, “Arte dos Mestres” busca fomentar a troca genuína de experiências entre os visitantes e os artistas.

“Teremos a chance de fruir de uma arte afetiva, plural, pulsante, e cheia de personalidade, por meio das formas, cores e temáticas de obras que reverenciam paisagens naturais, arquitetônicas e humanas do nosso país, com histórias contadas pelas mãos que repetem e reinventam técnicas e narrativas aprendidas com mães, avós e antepassados”, afirma Josiane Masson, diretora da Artesol e curadora da exposição ao lado de Marco Aurélio Pulchério. Segundo ele “o trabalho dessas pessoas mantém viva a tradição dos fazeres artesanais, perpetua e transmite saberes por meio de um ofício, e promove a inclusão socioprodutiva, o empreendedorismo baseado no comércio justo, e, sobretudo, o protagonismo desses artistas, muitos dos quais vem de comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas”. O evento funcionará também como uma feira para a comercialização das obras, com os interessados comprando diretamente dos artistas.

Dividida em três ambientes, além dos documentários, a programação também contempla rodas de conversa abertas ao público, com participação dos artistas e mediação do antropólogo Ricardo Lima. No dia 3 de setembro haverá uma roda de conversa com especialistas da área – entre eles, a pesquisadora Adélia Borges e a diretora do Museu do Pontal, Ângela Mascelani.

“Nossa missão é funcionar como um catalizador para toda a potência que os saberes e fazeres presente nessa produção autoral já possui, mas que no Brasil ainda não recebe toda a atenção devida. Essa exposição, que também funciona como uma feira, busca destacar os processos artesanais na feitura das obras e a valorização da nossa cultura popular transmitida através de gerações”, completa a presidente da Artesol Sônia Quintella.

Sobre os artistas:
Sil da Capela (1979)
Uma das principais expoentes da arte figurativa em cerâmica do país, Maria Luciene da Silva Siqueira, mais conhecida como Sil da Capela, nasceu em Cajueiro no estado de Alagoas, e trabalhou desde os oito anos de idade com o corte de cana-de-açúcar para engenhos da região e, por isso, não pode frequentar a escola. Mudou-se para a cidade de Capela e, em 2001, começou a frequentar a oficina do mestre ceramista João das Alagoas em um projeto profissionalizante para mães de crianças com deficiência. Hoje, seus trabalhos são exibidos em livros de arte e exposições nacionais e internacionais, representando e reinventando suas memórias de infância e o cotidiano de Capela: crianças brincando, mulheres rendando, rodas de violeiros, casais namorando, entre tantas outras cenas que acontecem à sombra de uma jaqueira, árvore que se tornou marca registrada do trabalho da artesã.

Sil da Capela Crédito: Theo Grahl

Rosalvo Santana (1964)
Rosalvo Maltez Santana trabalha e vive em Maragogipinho, distrito do município de Aratuípe (BA). Filho do oleiro Amiordes Santana, o Mestre Roxinho, é um dos poucos santeiros da região e se destaca por ter desenvolvido de forma autodidata suas técnicas de modelagem e de queima. Em seu trabalho, combina a suntuosidade do barroco e o exagero das formas do rococó para adornar os mantos e vestes com finíssimas dobras, redobras e pregueados. Participou de exposições como a IV Bienal do Recôncavo (1998) e do 13º Salão do Artesanato Raízes Brasileiras (2019), e foi vencedor do primeiro lugar no Concurso de Presépio (IPAC – 1998).

Jasson (1954)
Entalhador habilidoso, Jasson Gonçalves da Silva vive no povoado de Monte Santo, Belo Monte (AL), onde busca inspiração na caatinga para produzir suas peças, arquitetadas sem nenhum esboço, e criadas a partir de galhos e madeiras caídos. Observador atento, diz que a madeira é viva, ela mesma explica como quer se transformar. Ao contrário de vários artesãos, Jasson começou sua produção artística apenas aos 60 anos, estimulado pelos galeristas Maria Amélia Vieira e Dalton Costa a produzir esculturas em madeira.

Mestre Cunha (1951)
José Francisco da Cunha nasceu em um engenho em Ipojuca, Pernambuco e já na infância fazia seus próprios brinquedos, utilizando miolo de bananeira e madeira. Utilizando madeira e outros materiais reaproveitados, ele cria esculturas que possuem características fantásticas, eróticas e bem-humoradas, misturando formas humanas, animais e de máquinas em obras batizadas com neologismos curiosos inventados por ele, como camelauroteupai e parampalho.

João Borges (1970)
Nascido em Teresina (PI), João de Oliveira Borges Leal, vive no município vizinho, Timon (MA), localizado na outra margem do rio Parnaíba que faz a divisa entre os dois estados. Suas esculturas feitas em cerâmica retratam cenas cotidianas com impressionante realismo e não recebem pintura para, justamente, evidenciar a cor e a textura do barro. Retrata momentos efêmeros e singelos, tendo como principal inspiração cenas regionalistas.

Mestre Aberaldo (1960)
Aberaldo Sandes Costa Lima cresceu no povoado Ilha do Ferro, localizado às margens do rio São Francisco, em Alagoas, sendo considerado um dos precursores do entalhe na região, hoje vista como polo de arte popular. Em sua produção, iniciada em meados dos anos 1980, utiliza galhos e troncos caídos de umburana e mulungu para criar barquinhos e cabeças com corcundas inspiradas em Frei Damião, um frade italiano radicado no Brasil que fazia pregações pelo Nordeste. Essas esculturas são raras, pois encontrar os troncos adequados para produzi-las é questão de sorte.

Mestre Luiz Antônio (1935)
Único aprendiz ainda vivo de Mestre Vitalino, que o convidou a expor suas peças ao lado de sua banca na Feira de Caruaru, Luiz Antônio da Silva recebeu, por voto popular, o I Registro de Patrimônio Vivo do estado de Pernambuco, um importante reconhecimento pela relevância de seu legado artístico e cultural. Uma das principais características de seu trabalho é a representação de cenas e objetos relacionados à tecnologia e atividades profissionais, o que o levou a desenvolver uma técnica bastante sofisticada de modelagem e de queima para conseguir representar com detalhes os mecanismos das máquinas.

Mestre Cornélio (1956)
Aos 15 anos, o mestre artesão do Piauí foi convidado por um padre italiano para entalhar a imagem de Cristo para a capela do bairro, sob a orientação do artista Carlos B. A partir desse momento, passou a entalhar por encomenda e a expor suas peças em eventos e feiras. Atualmente trabalha em parceria com seu filho, Leonardo Leal de Abreu, que também é entalhador. Com o falecimento dos mestres, também entalhadores, Dezinho e Expedito, José Cornélio de Abreu é o mais antigo artesão vivo da tradição de santeiros do Piauí, considerado patrimônio imaterial do Estado pelo IPHAN em seu Inventário Nacional de Referências Culturais.

Francisco Graciano (1965)
Filho de Manuel Graciano, reconhecido artista da arte figurativa do Cariri, Francisco Graciano é entalhador que já teve passagem pelo Centro de Cultura Popular Mestre Noza, Juazeiro do Norte (CE). Suas obras nascem da observação atenta e da riqueza do imaginário popular da região. Não faz esboços e não desenha na madeira antes de começar o trabalho. Em seu processo criativo, a peça não nasce pronta, ela se transforma ao longo de sua produção.

Everaldo Ferreira (1987)
Nascido em Terra Nova, Pernambuco, José Everaldo Ferreira da Silva aprendeu a entalhar no Centro de Cultura Popular Mestre Noza, no Ceará, ainda criança, e hoje é um dos maiores escultores e referência na produção de imagens de Padre Cícero, grande símbolo da fé católica no Sertão Nordestino.

Din Alves (1985)
Aparecido Gonzaga Alves, mais conhecido como Din Alves, vem de uma reconhecida linhagem de artistas – seu avô Pedro Luiz Gonzaga era xilógrafo, assim como seu primo José Lourenço. Morava no bairro Boca das Cobras, considerado um celeiro de artesãos e começou a trabalhar com a madeira na adolescência como ajudante, lixando peças. Logo desenvolveu um estilo próprio para representar personagens da cultura popular: atarracados e gordinhos, atraem muitos admiradores e colecionadores. Entrou muito jovem para o Centro Cultural Mestre Noza, onde ficou por 18 anos e atuou em cargos de gestão, compartilhando seus conhecimentos com as novas gerações.

Tiago Amorim (1943)
Multiartista, Tiago Amorim trabalha com pintura em tela, gravura, entalhe em madeira, desenho e escreve poesias. Na cerâmica, técnica que o projetou no circuito da arte, suas obras têm como temática o corpo feminino e a natureza – peixes, aves, cavalos e cajus. Aprendeu a modelar a argila com grandes mestres do ofício de Caruaru e Tracunhaém e possui amplo conhecimento técnico sobre a cerâmica, argila, porcelanas, faianças (cerâmica branca ou marfim) e outros materiais. Suas peças se destacam pela elegância dos traços e pela sofisticação do acabamento esmaltado. Em seu processo criativo, Tiago propõe uma reinterpretação estética original das formas da cerâmica tradicional utilitária: uma jarra partida ao meio torna-se dois peixes e duas gotas unidas dão vida ao atobá.

Willi de Carvalho (1966)
Autodidata, o mineiro Welivander César de Carvalho é reconhecido como um dos maiores miniaturistas do Brasil, responsável por retratar cenas e personagens populares, como festejos, manifestações artísticas, personalidades da cultura brasileira e favelas, tudo em minuciosa e pequena escala. Especialmente para “Arte dos Mestres”, ele trará sua série “Pretas do Willie”, homenageando nomes como Carolina Maria de Jesus, Maria Elisa Alves dos Reis (primeira palhaça negra do Brasil), Chica da Silva, Elza Soares, entre outras personalidades negras brasileiras.

Clélia Lemos (1953)
A mineira Maria Clélia Lemos (1953) começou a trabalhar com costura com a mãe, fazendo sapatilhas de tecido para vender, mas logo passou a criar e estandartes há 20 anos. O primeiro foi criado para ocupar uma parede vazia em uma exposição de Willi Carvalho, seu companheiro na época. A obra foi muito elogiada e, Clélia, que não se considerava artista, descobriu sua vocação. Sua produção apresenta o simbolismo religioso do catolicismo mineiro, permeado pela forte devoção e manifestações populares. Devido à riqueza das cores e texturas combinadas com harmonia e beleza, suas peças causam um grande impacto visual e têm chamado cada vez mais a atenção de colecionadores e galeristas Brasil afora.

Marivaldo Costa (1971)
Parte da terceira geração de uma família de ceramistas do Marivaldo Sena da Costa já dominava todas as etapas da produção da cerâmica aos 15 anos de idade e, por isso, foi considerado mestre ceramista muito jovem. Suas obras seguem o estilo Icoaraci ou Paracuri, que reinterpretam os grafismos das cerâmicas arqueológicas marajoaras encontradas na região do Pará. Nos anos 1990, começou a se dedicar de forma mais profunda ao estudo da cerâmica arqueológica, a partir da observação de fotografias e das peças de Mestre Raimundo Cardoso, pioneiro na produção de réplicas fiéis desses artefatos. Devido à sua maestria na técnica, em 2016 Marivaldo foi convidado a fazer parte do projeto Replicando o Passado, realizado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi com o objetivo de replicar as peças mais representativas de seu acervo. Atualmente, junto a outros quatro ceramistas, Marivaldo Costa é uma das maiores referências na produção de réplicas de cerâmicas arqueológicas deixadas por diferentes povos que habitaram a Amazônia.

Família Cândido (Ceará)
A produção cerâmica da família cearense começa na década de 1960, quando Maria de Lurdes Cândido Monteiro decide modelar brinquedos de barro, ao lado das filhas Maria Candido e Maria do Socorro. Anos depois, as três ficaram conhecidas como as “três Marias de Juazeiro”. Maria de Lurdes Cândido foi reconhecida como Mestra da Cultura pelo estado do Ceará em 2004. Faleceu em 2021, deixando seu conhecimento como um legado para a família. Atualmente, cinco filhos, uma nora e uma neta seguem na produção. Assinam as obras com as iniciais dos nomes, formando um código de identificação das artistas. Assim como outros artesãos e núcleos produtivos de Juazeiro do Norte, a família Cândido também integra o Centro Cultural Mestre Noza, onde expõe e comercializa suas peças. Seus temas são a manifestação figurativa em cerâmica mais expressiva da região, que possui forte tradição no entalhe em madeira.

Família Santos (Bahia)
A tradição figurativa da família baiana teve início na década de 1960, quando Armando Santos aprendeu a produzir pequenas figuras de presépio para vender à população local de Cachoeira (BA) e turistas. Repassou os conhecimentos para os irmãos Cecílio Santos e Cândido Santos Xavier, mais conhecido como Tamba, criador das imagens que consagraram o trabalho da família como expressões da arte afro-brasileira: o Exu sentado com uma boca enorme e vermelha, a Barca de Exus, o Falso padre e a Falsa freira. Atualmente, a nora de Armando, Aletícia Bertosa Ribeiro, e seu neto Florisvaldo Ribeiro dos Santos são os únicos artistas que continuam a tradição iniciada pelos irmãos. Apesar da exibição das obras da família durante a emblemática exposição Bahia no Ibirapuera (1959), sob a curadoria de Lina Bo Bardi, e de outras importantes exposições curadas por Emanuel Araújo nos anos 2000, a presença delas nessa mostra tem o objetivo de reativar seu legado e divulgá-lo para um público mais amplo, reiterando o prestígio e a relevância que devem ter enquanto obras de arte genuinamente brasileiras.

Família Antônio de Dedé (Alagoas)
Antônio Alves dos Santos (1953), conhecido como Mestre Antônio de Dedé, deixava as esculturas de madeira que criava cuidadosamente expostas em casa para serem vistas por clientes enquanto trabalhava na lavoura. Foi descoberto por uma galerista de arte popular, que divulgou seu trabalho e o estimulou a explorar ainda mais a sua criatividade. O mestre repassou seus conhecimentos para os noves filhos, que continuam o trabalho do pai e o transmitem para novas gerações, mantendo vivas suas principais características: a expressividade dramática dos personagens e a composição colunar, sem deixar de imprimir em cada nova criação sua própria individualidade artística. Alguns passaram a criar peças encaixáveis, que extrapolam a forma original. Já as filhas criam principalmente totens com entalhe econômico, mas graficamente ricos devido à pintura colorida e detalhada.

Família Teles (Minas Gerais)
Geraldo Teles de Oliveira (1913 – 1990), mais conhecido como GTO, foi um famoso escultor mineiro, cujas obras de grandes dimensões criadas com a ajuda do filho Mário Teles, foram apresentadas em exposições, museus e bienais nacionais e internacionais em diversas instituições renomadas. Alex Teles, filho de Mário, também seguiu os passos do avô e do pai, e continua a entalhar na madeira imagens que contam histórias da mitologia e cultura popular brasileira e da relação artística existente entre GTO, Mário e Alex, que formam uma trindade artística.

Wauja (Parque Indígena do Xingu – Mato Grosso)
Também descritos como Waurá, os povos originários brasileiros falantes de uma língua arawak, compartilham semelhanças culturais e linguísticas com os Mehinako e habitam a região do Alto Xingu. As peças dessa exposição foram produzidas por artistas da maior das 6 aldeias que formam essa comunidade, a Piyulaga. Os Wauja são bastante conhecidos por sua produção cerâmica, pois são os únicos povos do Xingu a produzi-la. Sua estética é inconfundível e única no mundo. Atualmente atendem especialmente o mercado de lojas de arte e artesanato, mas também são procurados por outros povos do complexo xinguano, que trocam diferentes tipos de artefatos por panelas de diversos tamanhos. São, assim, os grandes fornecedores de artefatos cerâmicos para todo o Xingu.

Wauja (Parque Indígena do Xingu) Crédito: Theo Grahl

Mehinaku (Parque Indígena do Xingu – Mato Grosso)
Os Mehinaku possuem uma população aproximada entre 300 e 400 indivíduos, divididos em 5 aldeias situadas nas margens dos rios Kurisevo e Kuluene, na região do Alto Xingu. São falantes de uma língua da família Arawak e guardam muitas semelhanças linguísticas e culturais com os Wauja. No campo das artes e da produção artesanal, os Mehinaku. Entre os destaques na produção artesanal desta população, estão as máscaras e canoas. Já as mulheres se dedicam a um sofisticado trançado em fibra de buriti e linha de algodão, com belíssimos grafismos e desenhos. Com o trançado, confeccionam principalmente cestos e esteiras que ganham novos desenhos e formas para além do uso cotidiano, tornando-os objetos de desejo graças ao seu design original. As obras apresentadas nesta exposição foram confeccionadas por artistas da aldeia Kaupüna, criada em 2014.

Artistas Mehinaku – Alto Xingu – MT Créditos: Theo Grahl

Serviço:
Feira-Exposição Arte dos Mestres
Curadoria: Josiane Masson e Marco Aurélio Pulchério
Realização: Artesol | Patrocínio: Instituto Cultural Vale
Local: Espaço State – Avenida Manuel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina, São Paulo/SP
Período: 30 de agosto a 3 de setembro de 2023
Horários: quarta-feira, das 12h às 19h; quinta a domingo, das 11h às 19h.
Entrada gratuita. Mais informações em www.artesol.org.br

Obras inéditas do fundador da Panamericana Escola de Arte e Design celebram os 60 anos da instituição

Com sucesso de visitações – 1300 pessoas já passaram por ela  – a exposição O Criador e Sua Obra foi prorrogada para o dia 30 de setembro. A exposição reúne telas e desenhos produzidos por Enrique Lipszyc, fundador da Panamericana Escola de Arte e Design. A exposição das obras até então inéditas ao público celebra os 60 anos da instituição, marcada como referência na valorização e estímulo da profissionalização da criatividade brasileira. 

Desenhista voraz, pintor cauteloso e professor dedicado, Enrique Lipszyc (1932-2020) nunca expressou vontade de expor suas obras. Mas isso mudou em 2019, quando em uma conversa com seu filho, Alex Lipszyc, atual presidente da Panamericana e curador da exposição junto com Massimo Picchi, mostrou desejo em apresentá-las.  

Para a exposição, os curadores jogam luz sobre um tema predominante no trabalho de Lipszyc – o mito de Adão e Eva. Sob uma ótica que extrapola os muros erguidos pelo viés da religião, o artista expressou o caráter primordial desses dois personagens, seus comportamentos que o diferenciavam dos outros animais e que definiram permanentemente a existência humana.

Por ser um assunto recorrente em todo o trabalho de Enrique Lipszyc, os curadores precisaram fazer um recorte temporal para a exposição. “Enrique trabalhou nesse tema por toda a sua vida nas artes e seria impossível expor todas as obras, que chegam a ser centenas”, comenta Massimo Picchi, ex-diretor geral da Panamericana. Ao estudarem todo o acervo, eles observaram que os últimos anos expressam um artista mais consciente de seu ofício e seu estilo. “De 2012 até 2020, há uma consciência palpável, um domínio pleno de sua identidade como artista”, enfatiza Picchi.

Serviço

Exposição O Criador e Sua Obra, por Enrique Lipszyc – Panamericana 60 Anos 

Onde – Panamericana Escola de Arte e Design – Avenida Angélica, 1900 – São Paulo

Quando – até 30 de setembro

Horário de visitação em julho – segunda a sexta das 9h às 20h e aos sábados das 9h às 12h (Domingos e feriados não abre)

Entrada gratuita

https://www.escola-panamericana.com.br/

A Shop Ginger, marca de moda autoral fundada por Marina Ruy Barbosa, marcou a noite da última quarta-feira (9) com um acontecimento deslumbrante: seu primeiro desfile exclusivo para convidados, celebrando três anos de sucesso no cenário da moda. A aguardada coleção intitulada “NÓS” foi revelada em primeira mão durante o evento, contando com a direção criativa de Douglas Almeida, styling de Lucas Boccalão e beleza supervisionada por Daniel Hernandez.

“NÓS” mergulha de forma ousada na interseção entre a moda e outros domínios do conhecimento, ao mesmo tempo que convida à reflexão sobre a fraternidade e o coletivo. Num mundo que oscila entre a realidade e o virtual, esta coleção nos convida a olhar para dentro e para fora de nós mesmos. As peças exibem marcantes referências orgânicas e celebram a diversidade biológica. A paleta de cores foi meticulosamente selecionada após uma pesquisa dedicada às tonalidades presentes na natureza. Modelos de diferentes estados do Brasil cruzaram a passarela, e o grandioso encerramento do desfile contou com a presença da modelo Fernanda Mota ao lado de Marina Ruy Barbosa e Douglas Almeida.

Marina Ruy Barbosa, a atriz e empreendedora por trás da Shop Ginger, expressou sua visão para a coleção: “Desde o lançamento, nosso propósito sempre foi produzir conceitos inovadores que combinam moda autoral com um olhar apurado e referências encontradas na natureza e na arte. A nossa nova coleção fala justamente sobre pensarmos no coletivo propondo uma reflexão sobre a necessidade de olhar de dentro para fora. NÓS é um convite para voltarmos ao ponto de origem e a redescobrir a preciosidade da natureza”.

Além de marcar presença na moda, a Shop Ginger reforça seu compromisso com a transformação social e ambiental. Parte dos lucros gerados pelas novas peças será doada ao projeto DoTS, uma iniciativa que une arte, pesquisa e educação para documentar e comunicar as espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Esta ação visa não apenas a divulgação da riqueza biológica do país, mas também transformar cada indivíduo em um defensor do conhecimento científico em prol da preservação da natureza.

O evento ocorreu no ambiente da 32ª edição da CASACOR Rio de Janeiro, no Instituto Brando Barbosa. A Shop Ginger contou com a Audi como parceira para esse momento especial, onde a Audi apresentou o aguardado lançamento do ano, o Audi Q8 e-tron, seu mais recente modelo 100% elétrico. A marca ofereceu aos visitantes uma experiência imersiva sobre o progresso e o futuro da mobilidade premium. O evento contou com a presença de Daniel Rojas, Presidente e CEO da Audi Brasil, e Cláudio Rawicz, diretor de Marketing e Comunicação da marca.

Os apaixonados pela moda já podem explorar o primeiro lote da nova coleção no site oficial da Shop Ginger, www.shopginger.com.br, além das lojas físicas da marca em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. As compras realizadas através do site podem ser parceladas em até 6 vezes no cartão de crédito e contam com entregas para todo o Brasil e também internacionalmente. Fique por dentro das novidades e fontes de inspiração seguindo a @shopginger no Instagram.

No dia internacional dos Povos Indígenas, conheça algumas iniciativas que vem inspirando a arte e moda no país

Mauricio Duarte foi destaque no SPFW | Foto: Reprodução / Instagram

Dia 9 de agosto é comemorado o Dia internacional dos Povos Indígenas. Criada pela ONU, a data tem a proposta de homenagear e reconhecer os povos originários na sociedade. Já que o dia é ideal para afirmar a garantia de direitos dos povos indígenas, reunimos algumas iniciativas interessantes que vem inspirando a arte e moda no país. Veja alguns deles:

Mauricio Duarte

O designer de Manaus possui uma moda sofisticada que valoriza sua ancestralidade e etnia. Indígena do povo Kaixana, ele frequentava feiras de feiras de artesanato com sua mãe até que tudo mudou quando ganhou uma bolsa para cursar Moda na Faculdade Santa Marcelina. Quando estava finalizando sua faculdade, já em São Paulo, Maurício realizou um sonho: abriu um ateliê em 2019. Depois de tamanha repercussão, ele apresentou pela primeira vez o seu trabalho na São Paulo Fashion Week deste ano.

Nalimo, da Day Molina

Nalimo, da Day Molina | Foto: Reprodução | Instagram

A fim de descolonizar a moda, a designer Day Molina fundou a Nalimo. Ela, que pertence à dois povos: Fulni-ô, do Nordeste do Brasil, e Aymara, do Peru, é bisneta de costureira e desta forma despertou seu lado criativo desde muito cedo. Aos 18 anos, conseguiu um trabalho em um ateliê de figurino em busca de suporte para se manter na universidade de ciências sociais. Mais tarde, acabou seguindo no mundo da moda e criando sua própria marca. Com estilo minimalista, a Nalimo já faz parte do line-up da Casa de Criadores há algumas temporadas.

Sioduhi Studio, do SIODUHI

Sioduhi Studio, do SIODUHI | Foto: Reprodução | Instagram

SIODUHI é o fundador e criativo da Sioduhi Studio, marca que tem como referência o futurismo indígena. A proposta dela é desenvolver peças agênero de estilo casual, esportivo e utilitário, com alguns recortes de alfaiataria desconstruída. A marca possui uma tecnologia desenvolvida com corante têxtil à base de casca de mandioca dos Sistemas Agrícolas Tradicionais da Amazônia, na qual a parte dessa raiz considerada resíduo, é reintroduzida no ecossistema da moda.

Tamã

Tamã | Foto: Reprodução / Instagram

Nascida em 2018, a Tamã é um empreendimento colaborativo com designs autorais feito por indígenas e quilombolas. A proposta dela é justamente valorizar a sociobiodiversidade brasileira por meio de produtos autênticos. Kléber Oliveira, biólogo e indigenista, está à frente da marca que tem cerca de 15 grupos em todo o Brasil que fazem parte da rede colaborativa. Dentre eles, a aldeia Guarani, Kayapó e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Tucum

Tucum | Foto: Reprodução / Instagram

A fim de promover a valorização das artes dos povos indígenas, a Tucum é um marketplace que visa estimular ou proporcionar a autonomia e a geração de renda para os povos indígenas e comunidades tradicionais. Com matérias primas como fibras, sementes, miçangas, madeiras e algodão, a tucum possui itens de arte, decoração, moda e cosméticos. Além do marketplace, há o envolvimento de lojas parceiras no Brasil e no exterior para comercialização desses produtos.

Com informações do Harpers Bazaar.

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